Impedida de fazer qualquer coisa por causa de uma mega conjutivite, resolvi remexer no passado e despertar lembranças: voltei a assistir Felicity, seriado transmitido pela Sony em 1998. Na época eu tinha 15 anos e estava começando o 1º colegial, usava óculos fundo-de-garrafa, aparelhos fixos nos dentes e era um tanto quanto deprimida.
Assistir Felicity me trazia uma falsa sensação de segurança, uma luz no fim do túnel de que, passados aqueles anos horríveis de escola, a minha vida inteira mudaria a partir do momento em que eu pusesse os pés na faculdade. Eu seria mais velha, teria finalmente amigos, estudaria apenas o que eu quisesse, tiraria óculos e aparelho, e viveria tantas emoções diferentes que eu finalmente iria poder me considerar uma pessoa feliz (algo que eu não cheguei nem perto de ser durante toda a minha adolescência).
Hoje, olhando para trás, chego quase a sentir pena de mim mesma, daquela menina que achava que os sentimentos que a invadiam ficariam do lado de fora da Universidade, presos no passado. Aquela ingenuidade quase irritante que não desconfiava que além de ser apenas uma fantasia, no Brasil tudo é muito diferente e eu jamais poderia cursar o pré-médico e depois mudar pra Artes Plásticas. Hoje isso tudo me traz um gosto amargo na boca, uma sensação terrível de desmaio quando penso que a felicidade nunca esteve no futuro, nunca esteve na faculdade (a qual nunca curti tanto assim), nunca esteve nos garotos.
Hoje, assistindo Felicity, me sinto atropelada pela nostalgia, a saudade daquele tempo que não volta mais, das coisas que eu nunca vivi e das quais sinto tanta falta. Às vezes me pego pensando que eu já vivi sim um primeiro grande amor; de repente me flagro tendo esperanças de finalmente encontrar meu Ben Covington, de finalmente ser feliz. Percebo então, com alguma tristeza, que já vivi tudo isso, já encontrei diversos pares, já fiz os meus cursos, virei adulta.
Com certa relutância aceito então que só me resta agora continuar, inexoravelmente, caminhando para frente, em busca das história que ainda não foram vividas, e que talvez jamais serão... angústias...
Assistir Felicity me trazia uma falsa sensação de segurança, uma luz no fim do túnel de que, passados aqueles anos horríveis de escola, a minha vida inteira mudaria a partir do momento em que eu pusesse os pés na faculdade. Eu seria mais velha, teria finalmente amigos, estudaria apenas o que eu quisesse, tiraria óculos e aparelho, e viveria tantas emoções diferentes que eu finalmente iria poder me considerar uma pessoa feliz (algo que eu não cheguei nem perto de ser durante toda a minha adolescência).
Hoje, olhando para trás, chego quase a sentir pena de mim mesma, daquela menina que achava que os sentimentos que a invadiam ficariam do lado de fora da Universidade, presos no passado. Aquela ingenuidade quase irritante que não desconfiava que além de ser apenas uma fantasia, no Brasil tudo é muito diferente e eu jamais poderia cursar o pré-médico e depois mudar pra Artes Plásticas. Hoje isso tudo me traz um gosto amargo na boca, uma sensação terrível de desmaio quando penso que a felicidade nunca esteve no futuro, nunca esteve na faculdade (a qual nunca curti tanto assim), nunca esteve nos garotos.
Hoje, assistindo Felicity, me sinto atropelada pela nostalgia, a saudade daquele tempo que não volta mais, das coisas que eu nunca vivi e das quais sinto tanta falta. Às vezes me pego pensando que eu já vivi sim um primeiro grande amor; de repente me flagro tendo esperanças de finalmente encontrar meu Ben Covington, de finalmente ser feliz. Percebo então, com alguma tristeza, que já vivi tudo isso, já encontrei diversos pares, já fiz os meus cursos, virei adulta.
Com certa relutância aceito então que só me resta agora continuar, inexoravelmente, caminhando para frente, em busca das história que ainda não foram vividas, e que talvez jamais serão... angústias...
3 comentários:
...ah!, mas o que seria da vida sem não sonhássemos que amanhã há de ser um novo dia?
(será que meu Ben tá em Shanghai? hahahahaha)
amo.
Obrigado por voltar, sua ausência fez diferença.
Que belo texto Nana. Isto é pura nostalgia, e das boas, senão fosse, voce não as lembraria com tanto carinho.
Ainda que haja idéias do que poderia ter sido feito e não o foi, resta claro que de lá trouxe muitas coisas boas.
Beijo.
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