domingo, junho 27, 2010

News from Cairo!!




Hotel maravilhoso, companhias agradaveis, piramides e esfinges e realizacao de sonhos...
Precisa de mais pra voltar a sorrir??

domingo, junho 20, 2010

Fui!!!!




A partir de hoje, eu sou apenas um pontinho caminhando por este mundo tão gigante.
Um pontinho, deixando temporariamente todos os problemas fora da área de serviço...

sábado, junho 19, 2010

Maktub



Estando a meio passo de dar a maior passada da minha vida, percebo hoje o quanto tenho a agradecer. Eu não estaria neste lugar hoje, se não tivesse passado por tantos outros, tenham sido eles bons, tenham sido ruins.

Mas agradeço. Agradeço a quem me fez sorrir por pouco tempo, e depois me feito chorar por muito, e agradeço também à rejeição imposta, porque sem ela eu jamais teria percebido o desperdício de energia que teria sido apostar num jogo cujas cartas já estavam tão marcadas... como costumo dizer, o universo conspira a favor, nós é que deturpamos. Então agradeço por terem me impedido de deturpar uma triste, porém concreta realidade: para duas pessoas ficarem juntas, não basta querer, precisa haver afinidade de almas, precisa haver amor sincero e criativo, e por isso agradeço por ter sido forçada a ver, por mais dolorido que tenha sido, que nenhuma das duas coisas jamais existiu sinceramente dentro de mim. Estar apaixonado pode ser muito bom, mas há algo de muito errado quando é mais gostoso a sensação de estar apaixonado do que as conseqüências que o apaixonamento deveria trazer.

Então agradeço por ter sido forçada a admitir que na verdade não era amor, não era sequer paixão, era mais carência e necessidade de perdoar a mim mesma, expiando as culpas do passado numa nova relação. Era teimosia e carinho, que juntos podem se revelar uma combinação fatal. A gente tem que saber a hora de parar, e não fosse o medo alheio, eu não teria parado na hora que devia. Agradeço.

Agradeço pelo outro lado da moeda, das relações verdadeiras que duram apesar das décadas, em que o encontro genuíno não se dá através do beijo, se dá através da cumplicidade. Maktub: o beijo é o selo oficial da veracidade daquela relação, que não se sabe estável, estruturada, mas que não precisa nem ser. Basta que exista por conta própria, que a intimidade resista aos anos e às outras pessoas que cruzaram nossos caminhos, às brigas e mágoas. Basta que tudo o que foi de ruim se dissolva quando os olhares se encontram e quando simplesmente nada precisa ser dito. O beijo somente sela a autenticidade do nosso elo, e agradeço por isso tudo me fazer lembrar que não, não estou pedindo demais, apenas pedi à pessoa errada. Não adianta pedir a alguém por algo que este alguém é incapaz de dar, não por capricho, mas por simplesmente não possuir. Agradeço a quem realmente está junto de mim mesmo não estando... como um anjo da guarda que me protege à distância, como um dia comentamos.

Eu agradeço também às inovações. Porque se eu não estivesse no vazio, jamais haveria espaço pra esse outro ser entrar, e na verdade não importa quanto tempo este ser irá ocupar este espaço, importa que nos momentos que ocupou, este espaço foi verdadeiramente preenchido. Me fez perceber que na vida sempre há movimento, a gente se movimentando junto ou não. Então eu agradeço pela possibilidade de me ver novamente como sou e gostar do que vejo, sem ser forçada a me moldar tal qual massinha para corresponder às expectativas de outrem. A espontaneidade reforça o quão especial algo pode ser, apesar de efêmero e incerto, e esta aceitação das coisas como elas simplesmente são é o verdadeiro perdão que procurei encontrar no lugar errado.

Está na hora de dar este passo mágico e abandonar as antigas crenças e culpas. Sem buscar nada, sem fazer perguntas, apenas vivenciar o que pede para ser vivido, o que estava escrito nas linhas tortas da minha vida: eu já sou exatamente a pessoa que desejo me tornar e, por enquanto, este é todo o amor de que preciso.

quarta-feira, junho 16, 2010

Deruchett

Se existe algo que eu realmente abomino em mim são as contradições absurdas que encontro aqui dentro. A eterna batalha do inconsciente VS ego, do racional VS emoção... são tantos os paradoxos que se torna difícil de organizar minha mente.

As terríveis sensações de perda de coisas que nunca tive. Saudades de coisas que jamais vivi. Ódio e amor caminhando lado a lado. E as perguntas. As perguntas: quando foi que tudo aconteceu? Como? Por que? Para que?

Para que?

Parece realmente banal que, há menos de 5 dias de realizar um grande sonho, eu ainda esteja apegada a questões tão... mundanas. E outras questões tão mundanas quanto, porém fontes óbvias de prazer e expiação de culpas, carregam tão menos peso que me sinto extremamente tendenciosa e apegada ao sofrimento. Melancólica mesmo.

Mas... eu finalmente voltei a ouvir música. E, surpreendentemente, elas me lembram outros olhos e outras vivências. Saudades de décadas que nunca morrem. Relação de verdade. Afinidade real, subjetividade sem limites, verdadeira compreensão. Amor de almas.

Para F., com carinho.

Parei de ser só eu, meu bem.
E você vai sem mesmo saber o quanto vai passar
desse mundo que nos dói.
Eu procurei ficar mais perto do lugar que é você.
Foi como ver que perto de um fim, ou mesmo um final,
Nada vai morrer.
Como os lares querem par.
Venha e não quererá que eu passe outra vez.


Deruchett - Solana

segunda-feira, junho 07, 2010

Quem tem medo do lobo-mau?


Há cerca de 100 dias, quando finalmente me decidi por investir boa parte das minhas economias numa viagem de sonhos, eu não imaginava o quanto eu ainda teria que me preparar emocionalmente para conseguir embarcar – e chegar! – inteira para o outro lado do mundo.

Ou melhor: eu acho que imaginava sim, pois um dos primeiros pensamentos que me surgiram diante da idéia de ficar 28 dias longe do namorado foi “Será que vou estar namorando até lá?” Acho que era intuição: pouco mais de 30 dias depois, já estava sem namorado, mas com a primeira parcela da viagem devidamente paga.

Nunca viajei sozinha como estou prestes a fazer. Pra falar a verdade, a solidão sempre foi um super lobo-mau para mim, sempre me assustou um pouco, e se existe uma lei na vida que eu finalmente entendi é que não adianta ficar fugindo da raia por muito tempo: se existe uma questão pra você enfrentar, o universo vai tratar de te forçar a isso.

E é por isso que esta viagem, para a qual faltam míseros 13 dias para acontecer, deverá ser tão importante neste contexto: tirando minha queria professora Elis, não conheço mais absolutamente ninguém que estará por lá. No Cairo, sei que estarei bem assessorada e a realização do grande sonho da minha vida não deverá me permitir ficar sentindo muito a solidão. Mas a idéia de estar em Aswan, Luxor, Karnak, Sharm el Sheikh SEM Elis, e depois um dia inteiro sozinha em Istambul aguardando a conexão para Shanghai, ah, isso eu confesso que me angustia um pouco.

Desde a preparação para a viagem (cartões para desbloquear, seguro para fazer, visto pra tirar) eu já sinto o treinamento em autonomia sendo exercitado. Afinal, são coisas de super responsa que só eu mesma posso fazer. E acho que tava mais do que na hora. Hora de largar a mão de me sentir meia, e me sentir inteira. De largar a mão de pensar como o outro está, e pensar e me responsabilizar por como eu estou. Eu, eu eu.

Já tava mais do que na hora de eu mudar, e junto transformar o lobo-mau em bichinho de estimação.

quinta-feira, junho 03, 2010

Saudades

E muita, mas muita vontade de jogar boliche...