Entre todas as figuras míticas e imponentes de nosso vasto imaginário popular, nenhuma é tão temida, enigmática e desprezada quanto Ela. Mais odiada do que a Sogra Mala, mais vingativa do que a Madrasta Má, mais canalha do que O Chefe, ela se faz onipresente, assombrando as cabeças desequilibradas e já um tanto fodidas da maioria das namoradas. É ela: a Ex-Mulher.
Falar sobre a Ex-Mulher não é como falar sobre qualquer tipo de ex. A primeira letra maiúscula que carrega não é por acaso – ela é a Rainha das Ex, cujo cetro é o papel onde está escrito, preto no branco, que algum dia ela já foi chamada de Esposa. O casamento concreto (seja civil, seja religioso) é a coroa da Ex-Mulher, e o divórcio a ruína das namoradas subsequentes do homem em questão.
Pior do que a Ex-Mulher, só mesmo a sua espécime evoluída e mais aperfeiçoada: a Mãe-da-Minha-Filha (ou Filho, mas preferi o termo Filha). Essa é a filha-da-puta de todas as filhas-da-puta, víbora das víboras, ganhando até mesmo dO Político ou do Vizinho-do-Lado. Os problemas do relacionamento entre uma mulher e um homem que venha com o clássico “chaveirinho” geralmente passa pela Mãe-da-Minha-Filha, existindo, é claro, raríssimas exceções.
A verdade é que a Ex-Mulher goza de um papel extremamente poderoso na relação já fracassada com seu ex-marido, especialmente quando há uma criança envolvida. E, geralmente, tal poder foi conquistado às custas de muita manipulação, chantagem emocional e ameaças judiciais envolvendo a guarda do pimpolho. Isso faz com que, quando se trata da Ex-Mulher, todo cuidado seja pouco, o homem acaba pisando em ovos e, via de regra, ela acaba possuindo todos os benefícios e prioridades que deseja.
Fatalmente, o(a) fedelho(a) é a desculpa perfeita. Por causa “dele(a)”, o homem se torna mais suscetível aos caprichos da Ex, o que é o gatilho perfeito para que a Nova Namorada se torne uma louca obsessiva e enciumada. Desconte-se aí o fato de que a criança não tem culpa, e tem-se um caldeirão borbulhante e propício a futuras encrencas.
O fato do casamento ter acabado e, portanto, não ter sido bem-sucedido, parece irrelevante aos olhos da Nova Namorada, que tende a priorizar o fato de que, algum dia, aquela foi uma relação forte. Forte a ponto de gerar rebentos e quiçá ligações espirituais primariamente “eternas”, o que, no final das contas, acaba sendo: a Mãe-da-Minha-Filha possui um vínculo eterno e extremamente significativo com o homem em questão, coisa que a Nova Namorada não tem – se é que algum vínculo de fato existe!
Uma hora ou outra, a Ex-Mulher dá sinal de vida. Geralmente, acontece em datas comemorativas. Aniversários, Natal, Domingo de Páscoa. A desculpa novamente tende a ser o(a) pirralho(a), mas toda Nova Namorada que se preze sabe que, em 99,99% dos casos, tem boi na linha. A verdade é que a grande maioria das Ex-Mulheres simplesmente não suporta saber que seus ex-maridos seguiram em frente e que hoje comem alguma menininha bonitinha da vizinhança. Essa postura obviamente infantil acaba, fatalmente, recaindo sobre a Nova Namorada, que passa a sacar que tem algo errado no número cada vez mais frequente de telefonemas.
Dá-se início à tragicomédia: ela bota o cara na parede. Ele está tendo um caso com a Ex-Mulher??? O cara nega. Ela pega o celular dele, obsecada, procura o número, não acha, tenta um apelidinho, acha dúzias de mensagens. Não interessa que todas sejam sobre a criança (que a estas alturas, já está sendo encarada como A Culpada da História, outra figura lendária de nosso imaginário), o fantasma já foi criado e, acreditem em mim, dificilmente será exorcizado por completo.
A bosta está feita: a Nova Namorada já não quer conviver com a criança (se é que algum dia elas foram apresentadas), todo aniversário infantil é motivo pra torcer o nariz e a Ex-Mulher, sentada em seu trono de Impiedade, gargalha de sua vingança final: o casal está desgastado, irritado e, invariavelmente, a célebre frase dá o golpe final: “Você sabia que eu tinha filhos”.
Homens e mulheres do meu Brasil varonil! Qualquer psicanalista de beira de estrada sabe que a situação é infinitamente pior se a criança em questão for uma menina – a competição entre a Nova Namorada e a filhota será inevitável. A verdade é que o cara já tem uma princesinha na vida dele, já existe uma Mulher-da-sua-Vida, que será sempre e para sempre sua prioridade. Bota água no feijão: a menina é filha de alguém que, antes dela, foi a primeira Mulher-da-Vida-dele.
O palco está armado. Um pandemônio! O circo foi convocado: senhoras e senhores, é dia de marmelada! Quem tem estômago fica, quem é mais carente tende a sair fora. Em algumas situações, a ex-nova-namorada fica sabendo, semanas depois, que o cara reatou com a Ex-Mulher, se sente uma bosta pro resto da vida e desenvolve um sério trauma em relação a homens com filhos, divórcios e Ex-Mulheres. Em outros casos, ela nunca fica sabendo que a Ex-Mulher era, na verdade, uma pessoa bacana, mas também uma leoa faminta e dedicada à sua prole.
Entretanto, na maioria das situações, uma coisa é fato: a imagem mortífera da Ex-Mulher acaba sendo confirmada - ela é novamente eleita, por unanimidade de votos, pelo milionésimo ano consecutivo, a Verdadeira Destruidora de Namoros, e continuará a assombrar inexoravelmente as neuroses das mulheres solteiras em idade reprodutiva. Mais do que isso, ela se torna (injustamente?) responsável pelas crendices populares mais aterrorizadoras: a de que é o primeiro casamento o que importa, a de que ex boa é ex morta, e blablabla.
Que se faça justiça: há de se aceitar o outro tal como ele é. Infelizmente, a Ex-Mulher pode fazer parte do pacote. Cabe a cada mulher e a cada homem darem tratos à bola de suas insegurança. Deixem as mulheres de serem neuróticas, deixem os homens de serem cagões, deixem as Ex de serem umas assholes e toquem suas vidinhas. Cada um tem aquilo que merece – se no caso, ex boa for ex morta... bom... sabe lá...
Brincadeiras à parte, que atire a primeira pedra quem não conhece alguma Ex-Mulher fantástica de alguém. Conheço várias. Dúzias. São ótimas. Leoas, é verdade... mas, como eu já disse antes, tudo depende do grau de segurança e de confiança do casal... tema chato. Tema polêmico.
Papo prum outro post.
Falar sobre a Ex-Mulher não é como falar sobre qualquer tipo de ex. A primeira letra maiúscula que carrega não é por acaso – ela é a Rainha das Ex, cujo cetro é o papel onde está escrito, preto no branco, que algum dia ela já foi chamada de Esposa. O casamento concreto (seja civil, seja religioso) é a coroa da Ex-Mulher, e o divórcio a ruína das namoradas subsequentes do homem em questão.
Pior do que a Ex-Mulher, só mesmo a sua espécime evoluída e mais aperfeiçoada: a Mãe-da-Minha-Filha (ou Filho, mas preferi o termo Filha). Essa é a filha-da-puta de todas as filhas-da-puta, víbora das víboras, ganhando até mesmo dO Político ou do Vizinho-do-Lado. Os problemas do relacionamento entre uma mulher e um homem que venha com o clássico “chaveirinho” geralmente passa pela Mãe-da-Minha-Filha, existindo, é claro, raríssimas exceções.
A verdade é que a Ex-Mulher goza de um papel extremamente poderoso na relação já fracassada com seu ex-marido, especialmente quando há uma criança envolvida. E, geralmente, tal poder foi conquistado às custas de muita manipulação, chantagem emocional e ameaças judiciais envolvendo a guarda do pimpolho. Isso faz com que, quando se trata da Ex-Mulher, todo cuidado seja pouco, o homem acaba pisando em ovos e, via de regra, ela acaba possuindo todos os benefícios e prioridades que deseja.
Fatalmente, o(a) fedelho(a) é a desculpa perfeita. Por causa “dele(a)”, o homem se torna mais suscetível aos caprichos da Ex, o que é o gatilho perfeito para que a Nova Namorada se torne uma louca obsessiva e enciumada. Desconte-se aí o fato de que a criança não tem culpa, e tem-se um caldeirão borbulhante e propício a futuras encrencas.
O fato do casamento ter acabado e, portanto, não ter sido bem-sucedido, parece irrelevante aos olhos da Nova Namorada, que tende a priorizar o fato de que, algum dia, aquela foi uma relação forte. Forte a ponto de gerar rebentos e quiçá ligações espirituais primariamente “eternas”, o que, no final das contas, acaba sendo: a Mãe-da-Minha-Filha possui um vínculo eterno e extremamente significativo com o homem em questão, coisa que a Nova Namorada não tem – se é que algum vínculo de fato existe!
Uma hora ou outra, a Ex-Mulher dá sinal de vida. Geralmente, acontece em datas comemorativas. Aniversários, Natal, Domingo de Páscoa. A desculpa novamente tende a ser o(a) pirralho(a), mas toda Nova Namorada que se preze sabe que, em 99,99% dos casos, tem boi na linha. A verdade é que a grande maioria das Ex-Mulheres simplesmente não suporta saber que seus ex-maridos seguiram em frente e que hoje comem alguma menininha bonitinha da vizinhança. Essa postura obviamente infantil acaba, fatalmente, recaindo sobre a Nova Namorada, que passa a sacar que tem algo errado no número cada vez mais frequente de telefonemas.
Dá-se início à tragicomédia: ela bota o cara na parede. Ele está tendo um caso com a Ex-Mulher??? O cara nega. Ela pega o celular dele, obsecada, procura o número, não acha, tenta um apelidinho, acha dúzias de mensagens. Não interessa que todas sejam sobre a criança (que a estas alturas, já está sendo encarada como A Culpada da História, outra figura lendária de nosso imaginário), o fantasma já foi criado e, acreditem em mim, dificilmente será exorcizado por completo.
A bosta está feita: a Nova Namorada já não quer conviver com a criança (se é que algum dia elas foram apresentadas), todo aniversário infantil é motivo pra torcer o nariz e a Ex-Mulher, sentada em seu trono de Impiedade, gargalha de sua vingança final: o casal está desgastado, irritado e, invariavelmente, a célebre frase dá o golpe final: “Você sabia que eu tinha filhos”.
Homens e mulheres do meu Brasil varonil! Qualquer psicanalista de beira de estrada sabe que a situação é infinitamente pior se a criança em questão for uma menina – a competição entre a Nova Namorada e a filhota será inevitável. A verdade é que o cara já tem uma princesinha na vida dele, já existe uma Mulher-da-sua-Vida, que será sempre e para sempre sua prioridade. Bota água no feijão: a menina é filha de alguém que, antes dela, foi a primeira Mulher-da-Vida-dele.
O palco está armado. Um pandemônio! O circo foi convocado: senhoras e senhores, é dia de marmelada! Quem tem estômago fica, quem é mais carente tende a sair fora. Em algumas situações, a ex-nova-namorada fica sabendo, semanas depois, que o cara reatou com a Ex-Mulher, se sente uma bosta pro resto da vida e desenvolve um sério trauma em relação a homens com filhos, divórcios e Ex-Mulheres. Em outros casos, ela nunca fica sabendo que a Ex-Mulher era, na verdade, uma pessoa bacana, mas também uma leoa faminta e dedicada à sua prole.
Entretanto, na maioria das situações, uma coisa é fato: a imagem mortífera da Ex-Mulher acaba sendo confirmada - ela é novamente eleita, por unanimidade de votos, pelo milionésimo ano consecutivo, a Verdadeira Destruidora de Namoros, e continuará a assombrar inexoravelmente as neuroses das mulheres solteiras em idade reprodutiva. Mais do que isso, ela se torna (injustamente?) responsável pelas crendices populares mais aterrorizadoras: a de que é o primeiro casamento o que importa, a de que ex boa é ex morta, e blablabla.
Que se faça justiça: há de se aceitar o outro tal como ele é. Infelizmente, a Ex-Mulher pode fazer parte do pacote. Cabe a cada mulher e a cada homem darem tratos à bola de suas insegurança. Deixem as mulheres de serem neuróticas, deixem os homens de serem cagões, deixem as Ex de serem umas assholes e toquem suas vidinhas. Cada um tem aquilo que merece – se no caso, ex boa for ex morta... bom... sabe lá...
Brincadeiras à parte, que atire a primeira pedra quem não conhece alguma Ex-Mulher fantástica de alguém. Conheço várias. Dúzias. São ótimas. Leoas, é verdade... mas, como eu já disse antes, tudo depende do grau de segurança e de confiança do casal... tema chato. Tema polêmico.
Papo prum outro post.
4 comentários:
Pior q ex mulher e filho é pra sempre aaaaaaaaafff nunca perdem a majestade.
eu acho isso tudo um saco.
enorme, peludo e fedido.
HUAHUAHUA!
Eu acho tudo isso é muito engraçado!
ÓTIMO POST AMIGA!
E... CUIDADO COM A CABEÇA DO PIMPOLHO...
O PIMPOLHO TÁ DE OLHO!
UHU...
VEM LOGOOOO!
BJOK!
tudo isso se contorna com um pouquinho de paciencia.
porque crianças crescem e vao viver a sua propria vida e a ex mulher pode casar namorar e construir uma nova vida ou atravessar a rua e ser atropelada por uma enorme carreta ou apenas se tornar sua amiga o fato e desejar muita felicidade para a ex torcer por ela em suas orações para ela nao lembrar e nem precisar do ex marido.
viu nao e tao ruim assim
agora vou te dar um conselho de uma velha amiga numca seja pivo da separação de nimguem porque dai o coisa fede pro resto da vida.
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