domingo, fevereiro 01, 2009

A Dúvida

A cada crítica que surje ao suposto fechamento da alma, me pergunto: é defesa? A cada defesa, uma questão: é precisa?

Se existe defesa, é por opor-se a ataques. Defesas não existem à toa - a capacidade de enfrentamento é diretamente proporcional ao nível experiências bem sucedidas.

Certificai que o cenário não seja o mesmo para desempenhar papéis distintos em distintas peças. A representação das personagens depende do delicado equilíbrio entre o seu passado, o meu futuro, e o quanto guardamos para nós mesmos o que deles surje.

Do âmago dos filmes já vividos, a defesa desperta encerrando em si mesma os já velhos questionamentos: todo passado é pregresso? Pode o ser humano desvencilhar-se de seu histórico? Deve este ser humano fazê-lo? Sob que preços altos a pagar?

Do alto dos aparatos retaguardeiros, surge a centelha divina da dúvida e o bichinho a pulular na parte de trás de minhas orelhas, estourando maliciosamente a delicada bolha de sabão formada por nossa sutil homeostase, acusando-me da dúvida jamais silenciada: toda defesa é indevida?

Um comentário:

Fernanda Rossinih disse...

Ta falando dificil ne?! rsrsrs
Eu acho que as defesas são necessarias amiga, a vida já doi demais por si só...
As barreiras se quebram pela confiança, em si nos outros...