Há muito tempo que eu não escrevo aqui sobre o Projeto Mulherzinha. Bom, na verdade, faz tempo que eu não escrevo aqui sobre qualquer outra coisa além do sentimento de rejeição que estava acabando com a minha beleza.
Mas a verdade é que o Projeto Mulherzinha deu tão, mas tão certo, que eu levei oficialmente meu primeiro pé na bunda e chorei como uma mocinha dos filmes de faroeste. Deprê daquelas com direito a litros de lágrimas, espinhas no rosto e 5kg a menos (oba!).
Minhas amigas mais chegadas me dariam a maior bronca por eu usar o termo “pé na bunda”. Mas a real é que eu não acredito em términos de comum acordo, sempre tem uma parte que fica sentindo aquele gostinho de ‘quero mais’ que, apesar da iniciativa do término ter sido minha, amargou a minha boca nas últimas 4 semanas. Então eu sinto que na verdade quem foi a rejeitada fui eu mesma, já que não houveram protestos do outro lado sobre a possível e tenebrosa separação.
Nas últimas 4 semanas, eu confesso não ter tomado banho todos os dias e não ter depilado as pernas com a mesma frequência. A preguiça dominou – ai que se não fossem meus atendimentos e minha própria terapia, promovida a duas vezes por semana, eu teria ficado em casa com o mesmo pijama todo dia. Meu cabelo andou meio negligenciado, os hidratantes foram postos de lado e o resultado disso é a pele rachada estilo solo do sertão. O fato de estar entrando em calças há muito abandonadas não estava sendo muito animador.
Mas aí eu lembro que tudo nessa vida é impermanente e que até as piores cólicas menstruais têm fim após 5 dias. É claaaaaro que as ligações do ex e uma nova perspectiva de futuro deram uma animada na potranca aqui, mas no fundo no fundo, ter recuperado uma parte da minha vida foi indispensável pra minha sobrevivência psicológica.
Revisitar amigos, retomar família, recuperar o gosto por certas coisas, dançar forró até os pés doerem, girar os véus na dança do ventre e até mesmo ter os cabelos cheirosos novamente deram um up cerebral daqueles, e eu finalmente consigo vislumbrar como é que era ser eu mesma. E é uma delícia voltar a ver os olhos mais brilhantes e as pálpebras desinchadas.
Hoje, ainda a 50% da recuperação completa, eu vejo um pouquinho mais de fé no futuro dentro deste coraçãozinho magoado. Mas quem me conhece sabe: dentro da mesma mulherzinha habita a guerreira que distribui socos e pontapés na tristeza quando se cansa de reclamar.
Eu ainda quero mudar o mundo. No maior estilo Scarlet Ohara, eu digo que jamais (jamais??) sentirei dó de mim novamente.
3 comentários:
Ahahahah!!! Adoreeei!!!
Lindo texto! Lindo retorno!
Beijos!
É isso aí amiga! Seja bem - vinda a SUA vida! ;)
N. Ferreira Reloaded...
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