segunda-feira, janeiro 19, 2009

Ode à autenticidade

Não atendo Pierrots; não finjo Colombinas...

Difícil te ler sem poder, a um mesmo tempo, te ver e te escutar. Saber de você é um paradoxo – te tenho próximo à distância, te afastas quando está perto de mim. Num mar de rostos o teu se iluminou, com um pouco de solidão eu pude te sentir. Onde estás quando estás ao meu lado? Em que subterfúgios te escondes? Que meios existem de acessar seu eu real?

Por que persegues padrões ideais? Por que hiperdimensionar algo tão simples? Gosto do teu semblante tranquilo, de seu tipo comum, cansei de super-homens e tampouco pretendo ser mulher-maravilha. Não preciso de cerimônias. Por que temes a realidade? Seja você mesmo que de certo me encantarei por seus atributos; finja tuas qualidades e me terás distante, não abraço máscaras, não atendo Pierrots nem finjo Colombinas. Por que forjas esta naturalidade tão pouco convincente? Não há dramas desta vez, não há entrelinhas num contrato fraudulento – sou eu essa, quem é você?

Mostre a mim a sua face mais secreta e a receberei como um presente – o objetivo não é te amar, e sim te conhecer. A honestidade mais profunda é meu maior afrodisíaco, arrisque você a ser genuíno, autêntico, espontâneo, jogue suas fichas em você mesmo e leiloe sua paixão. Reconheço o brilho da sinceridade quando a vejo, identificarei no seu olhar se aceitar meu desafio - nessa mesa de jogo apostei minha alma. A sorte está lançada, estarei esperando do outro lado da roleta.

3 comentários:

Anônimo disse...

touchè! =D beijos moça. adorando cada vez mais o seu blog.

Anônimo disse...

"A honestidade mais profunda é meu maior afrodisíaco, arrisque..."

Sinto-me do outro lado da roleta, pronto para jogar tudo, sem total conciência do premio incalculável!

Vc realmente escreve de maneira especial. Deve alimentá-la, da mesma forma que a nós.

Fernanda Rossinih disse...

Sorte no Jogo!