segunda-feira, março 22, 2010

Casa própria



Ultimamente, motivada por sonhos recorrentes envolvendo casa-moradia-consultório só meus, me peguei interessada pelo caderno de imóveis do jornal, e vi em mim despertar o tão famoso sonho da casa própria.

A verdade é que venho mesmo refletindo sobre como, por que e quando realmente fazer os primeiros movimentos a respeito disso. Só que o principal fator – quanto - me faz quase cair pra trás cada vez que penso nisso.

Eu nunca imaginei sair de casa apenas quando casasse, até porque, nos dias de hoje, isso se torna cruelmente arriscado. Primeiro porque, assim como 90% da população feminina, eu não tenho a menor perspectiva de casar, pelo menos não nos próximos 2 anos. Segundo porque acredito piamente que a experiência da autonomia e independência plena é crucial para uma pessoa, esteja ela casada ou solteira.

Até pouco mais de um ano, eu tinha planos firmes, mas pouco objetivos, sobre sair de casa. Mas o tempo foi passando e me mostrando que eu dificilmente conseguiria manter o mesmo padrão de vida morando fora. Confesso que o vínculo relativamente recente que construí com a minha mãe também me desmotivou, não conseguia imaginar ficar sem ela. A idéia da solidão me assustava um pouco, o que me levou a pensar em descolar alguma roomie para morar comigo. E apesar disso tudo, eu tenho que admitir que o maior problema foi mesmo financeiro.

Olhar o caderno de imóveis só piora a situação! Nunca me senti tão distante de ter a minha casinha. A primeira página só traz aqueles mega apês, que custam de 1 milhão pra cima. Tinha um lá que custava 6 milhas, na Vila Nova Conceição. É claro que a minha realidade é outra, e que eu jamais procuraria uma cobertura, mas olhar as outras seções também não melhorou muito, o mais em conta custava tipo R$400.000,00.

Outro problema é que pouquíssimos anúncios trazem o valor do lugar, e eu realmente refleti sobre se deveria ir dar uma olhada naquelas casas que ficam em exposição, ou ligar pruma corretora só pra ter uma noção. Ou pra mentalizar positivamente, esse tipo de coisa.

Aí eu então entendi porque é que tanta gente ainda mora de aluguel. Eu não queria que fosse assim.

Na verdade eu nem to pensando seriamente em mudar de casa, mas ter esbarrado na questão foi um tanto quanto frustrante. O sonho da casa própria nunca esteve tão distante. Talvez eu deva descobrir como funciona o tal Carnê do Baú...

Um comentário:

Ana disse...

Oi moça, apê novo é mais caro mesmo. Existem bairros mais baratos que estão em expansão como o morumbi por exemplo. Se for comprar novo é melhor comprar no lançamento, pq costuma ser mais barato. Mas confesso que pagar sozinha por um apto é mais dificil, eu só consigo pq divido com o namo.
Eu moro sozinha, mas pago aluguel. Foi a alternativa que encontrei até achar um amor e um apê, rs
Ah, lembrei tb do consórcio que é muito melhor que um financiamento e se encaixa para quem nao tem urgência o que parece ser o seu caso. Será que ajudei?
Beijos,