É só isso que eu sou.
Um ser humano que persegue avidamente seu próprio destino, na eterna construção de um vir-a-ser. E se, como diz Lenine, o mundo espera de nós, a recíproca já não é mais verdadeira: já espero pouco do mundo.
Já pouco espero de todo mundo: honestidade, humildade, respeito e atitude. Não é pedir muito. Já não busco nenhum tipo de perfeição. Nem em mim, nem no outro, tampouco em nossas relações. Chegou o dia em que finalmente compreendi que a minha frustração nunca foi culpa de ninguém – não foi culpa do meu ex eu ter sido tratada como lixo, e sim minha, que permiti uma coisa dessas; também não foi culpa dos meus pais que me fizeram ser quem sou, como um dia acusei em análise, porque sempre tive oportunidade de escolha, inclusive enquanto pensava não estar escolhendo nada; nem foi culpa de professores rígidos, concursos de nota de corte elevada, pseudo-melhores amigas, bolos de chocolate nada lights. Jamais foi culpa do universo e sua eterna conspiração contra nós.
Amigo meu me disse: odeio ser humano. Ele se referia ao verbo ser – ele queria ser mais que isso. Quem sabe um Deus? Um semi-Deus? Um mito, talvez? Um bicho? Que encrenca, que responsabilidade, que perigo a falta de (i)limitações, que arriscado ser tão (im)potente! (Já imaginou um Deus que falha? É quase que ser somente humano. E bicho que morde? Bicho que morde vira bicho de rua.) Eu respondi que adorava ser-ser humano, posso errar à vontade, as falhas são todas permitidas, só devemos prestar contas a nós mesmos e a ninguém mais. E se você pensou no seu chefe, errou (e agradeça por ser humano e poder errar!): quem escolheu seu chefe foi você.
Alguém poderia dizer: eu não escolhi que fulano morresse, eu não escolhi perder meu emprego, eu não sabia que meu ex-namorado era assim, eu nem sempre vou poder mudar a realidade ao meu redor! Clap clap, muito bem, parece que andaram fazendo a lição de casa! Entretanto, como toda perfeccionista, te tiro um ponto na nota final – a maneira de vivenciar sua realidade é escolha sua e, por conseqüência, o jeito de sofrer é de sua inteira responsabilidade. Não pode mudar a realidade? Responsabilize-se, reformule-se, adapte-se - isso é exatamente o pouco que eu espero. O conformismo pode parecer adaptação, mas não é. É primo-irmão da resignação.
Está mais do que na hora de todo mundo largar mão desse papo furado de “não consigo”, inverter o jogo e atingir, finalmente, o meio-termo entre ser um zé mané sem pró-atividade e (tentar) ser super-herói e perfeito-perfeitinho. Sejamos apenas humanos, demasiado humanos! Que todo erro advenha sempre de uma tentativa de acertar, e que esta tentativa persista por quanto tempo o desejo mandar. Que se assumam todas as conseqüências. É como diz a propaganda: responsabilidade – passe adiante. E se não puder fazer tudo, faça tudo o que puder.
Um ser humano que persegue avidamente seu próprio destino, na eterna construção de um vir-a-ser. E se, como diz Lenine, o mundo espera de nós, a recíproca já não é mais verdadeira: já espero pouco do mundo.
Já pouco espero de todo mundo: honestidade, humildade, respeito e atitude. Não é pedir muito. Já não busco nenhum tipo de perfeição. Nem em mim, nem no outro, tampouco em nossas relações. Chegou o dia em que finalmente compreendi que a minha frustração nunca foi culpa de ninguém – não foi culpa do meu ex eu ter sido tratada como lixo, e sim minha, que permiti uma coisa dessas; também não foi culpa dos meus pais que me fizeram ser quem sou, como um dia acusei em análise, porque sempre tive oportunidade de escolha, inclusive enquanto pensava não estar escolhendo nada; nem foi culpa de professores rígidos, concursos de nota de corte elevada, pseudo-melhores amigas, bolos de chocolate nada lights. Jamais foi culpa do universo e sua eterna conspiração contra nós.
Amigo meu me disse: odeio ser humano. Ele se referia ao verbo ser – ele queria ser mais que isso. Quem sabe um Deus? Um semi-Deus? Um mito, talvez? Um bicho? Que encrenca, que responsabilidade, que perigo a falta de (i)limitações, que arriscado ser tão (im)potente! (Já imaginou um Deus que falha? É quase que ser somente humano. E bicho que morde? Bicho que morde vira bicho de rua.) Eu respondi que adorava ser-ser humano, posso errar à vontade, as falhas são todas permitidas, só devemos prestar contas a nós mesmos e a ninguém mais. E se você pensou no seu chefe, errou (e agradeça por ser humano e poder errar!): quem escolheu seu chefe foi você.
Alguém poderia dizer: eu não escolhi que fulano morresse, eu não escolhi perder meu emprego, eu não sabia que meu ex-namorado era assim, eu nem sempre vou poder mudar a realidade ao meu redor! Clap clap, muito bem, parece que andaram fazendo a lição de casa! Entretanto, como toda perfeccionista, te tiro um ponto na nota final – a maneira de vivenciar sua realidade é escolha sua e, por conseqüência, o jeito de sofrer é de sua inteira responsabilidade. Não pode mudar a realidade? Responsabilize-se, reformule-se, adapte-se - isso é exatamente o pouco que eu espero. O conformismo pode parecer adaptação, mas não é. É primo-irmão da resignação.
Está mais do que na hora de todo mundo largar mão desse papo furado de “não consigo”, inverter o jogo e atingir, finalmente, o meio-termo entre ser um zé mané sem pró-atividade e (tentar) ser super-herói e perfeito-perfeitinho. Sejamos apenas humanos, demasiado humanos! Que todo erro advenha sempre de uma tentativa de acertar, e que esta tentativa persista por quanto tempo o desejo mandar. Que se assumam todas as conseqüências. É como diz a propaganda: responsabilidade – passe adiante. E se não puder fazer tudo, faça tudo o que puder.
Um comentário:
"Que todo erro advenha sempre de uma tentativa de acertar, e que esta tentativa persista por quanto tempo o desejo mandar." - é isso, e somente isso que nos move, ou nos deve mover...
BJOS!!!
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