Venerável Mestre Hsing Yün
Ó grande e compassivo Buda!
Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, por tua bondade amorosa, ouve meu clamor!
Por favor, por tua compaixão, vê minha angustiante condição!
Minha mente assemelha-se a um emaranhado de fios, e a menos que ela se desembarace e desvencilhe, não conseguirei libertação!
Minha mente assemelha-se a um barco à deriva, e a menos que ela encontre um porto seguro, afogar-me-ei num mar de sofrimentos.
Ó Buda! Rogo a ti: por favor, afasta-me destas preocupantes condições; e guia-me pelo caminho da libertação.
Ó grande e compassivo Buda! Quero revelar-te minhas transgressões; quero arrepender-me de minhas faltas: diante das circunstâncias, nada delineio; na vida, ando sem rumo; confusas são minhas ideias e troco os pés pelas mãos; como pessoa, sou ignorante e apegada; na ação, não me adéquo às circunstâncias, e assim, divago sem saber como agir; meu coração está tomado por ganância, raiva, desconfiança e inveja; à minha mente faltam confiança e convicção no Caminho; no dia-a-dia, vivo a me queixar com ansiedade e inquietude; falta-me preparo para a autodisciplina; sou incapaz de agir com determinação, e assim, titubeio sem saber o que fazer.
Sei que todos os erros são por mim acarretados; e que todo carma e preocupação são por mim suscitados. Faltam-me, no entanto, determinação para emendar-me e motivação para arrepender-me; e assim, equivoco-me ao contemporizar, perdendo o bom senso e desperdiçando meu precioso existir.
Ó Buda! rogo para que me assistas com teu grandioso poder.
De hoje em diante, abandonarei minha estreiteza de espírito; de hoje em diante, eliminarei o vício da impaciência; de hoje em diante, desenvolverei o espírito da cooperação; de hoje em diante, levarei uma vida de otimismo.
Ó grande e compassivo Buda! Tantas são as pessoas que neste mundo, vivem tão ansiosas e confusas e, por conseguinte, perdem como eu, a noção de risco lamentando-se pelos irremediáveis erros cometidos.
Ó Buda! rogo por tua perene e imensa bênção para que possamos: subjugar Mara² que reside na profundeza de nossas mentes; eliminar nossos vícios de acomodação enegligência; reforçar nossa tolerância e paciência ao professar os teus preceitos; apreender teu meio hábil de aquietar corpo e mente; cultivar a concentração meditativa e prajña³; aumentar nossa coragem para sermos diligentes e não esmorecer; desenvolver bondade amorosa, compaixão, alegria e equanimidade; eliminar os três venenos existentes em nós, por incontáveis eras.
Ó grande e compassivo Buda, peço, por favor:
recebe esta minha sincera oração!
recebe esta minha sincera oração!
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² Māra: O demônio para o budismo. Tecnicamente um deus (deva). Māra é o inimigo do Buda que constantemente tenta aviltar seus ensinamentos com o objetivo de impedir que os seres possam vir a atingir o nirvana, estado no qual eles estariam fora do alcance da sua malignidade.
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² Māra: O demônio para o budismo. Tecnicamente um deus (deva). Māra é o inimigo do Buda que constantemente tenta aviltar seus ensinamentos com o objetivo de impedir que os seres possam vir a atingir o nirvana, estado no qual eles estariam fora do alcance da sua malignidade.
³prajñā (sânscrito: “sabedoria”): a mais sublime forma de sabedoria; compreensão intuitiva do vazio de todos os fenômenos e da não-dualidade; o mais elevado dos seis paramitas (perfeições). A realização da sabedoria prajñā costuma ser equiparada à conquista da iluminação e é um dos objetivos essenciais da natureza búdica.
Um comentário:
Essa oração veio a calhar com o meu momento.
Obrigada, querida!
Beijo enorme e cheio de saudade
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