quarta-feira, setembro 10, 2008

mini-surto

As perguntas invadem como se as portas de uma represa lotada fossem finalmente abertas. Lutar se tornou inútil. Me rendo.

Como discernir uma oportunidade de recomeço de um teste de perseverança? Como distinguir o que é uma segunda chance do que é uma escorregada e um retorno a velhos padrões?

As coisas realmente precisam de um desfecho? Ou o desfecho já aconteceu, mas não nos apercebemos dele por estarmos, talvez, focados demais na nossa própria dor? É possível negar claramente o ponto final de uma história permeada de vírgulas e reticências?

E quanto a arriscar todas as fichas? É certo arriscá-las num jogo em que existe uma probabilidade de cerca de 90% de derrota? Aí dizem “Como você sabe? Pode ser uma questão de sorte!” Eu replico: vale a pena arriscar TODAS as suas fichas em algo cujo sucesso é determinado pelo acaso, pela sorte, pelo... azar?

A gente ouve dizer que é preciso tentar até o final. Espremer o limão até a última gota. Mas se sobrar apenas o bagaço, nenhum sumo... o que se pode fazer com este bagaço a não ser jogá-lo fora? Vale realmente a pena tentar de tudo, ao invés de tentar preservar um pouco do respeito, do carinho, do... caráter?

Segue seu coração”, ouvi um dia. E se o meu coração for bobo demais, tonto demais, pra ser confiável numa situação emocionalmente complicada? E se na verdade, ao seguir meu coração, eu estiver sgeuindo minhas neuroses? Recaindo em erro? Atuando, à completa mercê do meu conflito? Qual é de fato a medida entre evoluir... e fingir?

E se eu já souber que não é aquele caminho que devo trilhar, mas não houver nenhuma outra alternativa disponível no momento? Eu tenho mesmo que seguir em frente? Não é possível parar, respirar, avaliar as possibilidades? 5 minutinhos? Bola pra frente que atrás vem gente... é isso?

Às vezes acho que a única diferença de hoje em dia para o começo do ano é que continuo tão perdida quanto... apenas achei o balcão de informações. Aprendi a fazer as perguntas certas, mas as respostas parecem longe de serem encontradas...

5 comentários:

Vitor Vilela disse...

E se "seguir o seu coração" signifique "faça o que te der na telha"?
Sem questionar as consequências nem se arrepender da escolha feita?
Zeca Pagodinho que o diga
vida, leva eu?

Pati Peterson disse...

e não é q o moço aí em cima pode ter razão??
simplesmente "viver" por 5 minutos ou 5 dias ou 5 meses...

just enjoy it, baby!

dá pra desagrupar a cabeça do resto e deixar comandar só o coração? só um pouquinho... eu quero!!!

Marcello Fiore disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcello Fiore disse...

Prá que pressa?
A vida pode sim me levar, e posso apenas viver... deixar o vento soprar o veleiro da minha vida.
Mas e se eu não estiver em paz o vento vira tempestade...
Sente, respire, avalie, sinta e decida... prá que pressa?
GRANDE BEIJO!!!

Flavia Melissa disse...

pois é...
to me achando tão perdida quato vc...
num dia as felicidades são muitas, no momento seguinte o chão some e só sobram dúvidas...

mas a única coisa que tenho absoluta certeza é de que, na verdade, tudo sempre vem para o bem.

sabe aquele lance de vc não saber o que quer mas, com toda a certeza, sabe que vai ser feliz, cada vez mais, a cada dia?

pois é.
amén!