terça-feira, setembro 02, 2008

Vício


O seu silêncio me enlouquece enquanto meu vício se torna o seu pecado. Não suporto esperar nem mais um segundo sequer. Meu ventre denuncia o que espero destes seus olhos fluidos – eles revelam a graça que existe neste seu espírito de combate. Não fecho os punhos e abaixo minha guarda, há tanto pra viver que aqui dentro bate freneticamente: a minha explosão é quase certa e deste vulcão não sairão lágrimas. Vamos quebrar esta ética hipócrita que dita quem devemos e quem não devemos amar, quem devemos respeitar ou a quem devemos gratidão. Chega de paradigmas, pois somos paradoxo. Aparemos estas arestas e arrisquemos todos os nossos princípios neste jogo de esconde-esconde: eu já não tenho o que esconder. É você, nada mais, sou eu e esta dança inesgotável entre os sentidos, as fantasias e um terno encantamento. Eu a gueixa, você um samurai – apenas e tão somente recebo seu corpo cansado de mais uma batalha. Dôo-me a ele, enalteço tua honra, e te faço dormir.

Hajime.

Um comentário:

Flavia Melissa disse...

redenção...
just beautiful.

amo.