Minto no jogo da verdade por vaidade; saudade só quando sinto saudade – agora não minto. Sou sucinto ao dizer adeus pra alguém, pois se é adeus é pra sempre, volta não tem, amém. Poupa saliva e saúde, choro de crocodilo nem ilude, botei agulha e não pude, quase me fudi, burro - em pontas de facas dar murro. Nunca melhora, só cresce e piora, laços deteriora, dispenso juros de mora, tá tudo quitado, depois corre de lado a lado, águas passadas não movem moinhos mas já moveram um bocado. O tempo é relativo, e se é relativo é complicado. Me ensina o truque do tempo, da ampulheta a areia de dentro – que será que terei no futuro?, o passado não aguento. Uma hora é um ano, cinco minutos um mês; me dá três dias, maluco, que eu morro de vez. Será que aqui se faz, aqui se paga? Que nada, deixa no giro do mundo sua conta pendurada.
Deixa o mundo girar enquanto eu me viro, um dia é um giro, a cada giro mais eu piro. Confiro para não ferir aquilo a que refiro. Escolho o caminho certo, sei por onde trilho. Mostro o que sou, te dou o que posso te dar, conhecimento que a dor que tenho o tempo ocultará, e evoluirá, e aí irá passar, pois até a nossa morte a vida assustará. Terá que se acostumar, virar seu próprio bem, corpo a corpo, nunca desistir, sentir a força que viveu. E já que não morreu, faça como eu: recorro ao meu eu, recorra ao meu-eu seu. Entendeu?, então valeu, o J. esclareceu, na busca pra tentar mudar um pensamento seu (acho que deu), neste som positivo, unidos pra abolir da Terra o grande mal nocivo.
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*Por J. , rapper-poeta dos bons. Amigo querido e super talentoso :)
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