Dizem por aí que só se cresce pela dor ou pelo amor.
Mas o que dizer quando a dor provém justamente do amor? Existe garantia de crescimento? Ou pode o sofrimento se tornar obsoleto? A bem da verdade, todo sofrimento traz aprendizado dentro de si?
A maioria das dores da vida é marcada pelas perdas. Elas fazem constantemente parte de nós: mortes, separações, viagens, mudanças. Perdemos, a todo momento, alguma coisa que mantinha a estabilidade e que perpetuava o status quo. Perdemos pessoas, empregos, dinheiro, aviões, lugares. Por vezes, perdemos a nós mesmos.
Dentre todas as coisas, papéis e pessoas que perdemos, não há perda mais sofrida do que nossas esperanças. Perder a esperança é perder a fé no futuro, é abrir mão da crença na efemeridade das coisas: é perpetuar um sentimento ou situação até o limite do suportável.
O sofrimento só é tolerável quando acreditamos que aquilo tem prazo de validade – o famoso “vai passar” é a bóia jogada ao afogado, que projeta no futuro a ausência da dor que experimenta. E é por isso que perder a esperança é perder tudo, é acreditar que a situação de sofrimento, outrora exceção, virou uma constante, se consolidou como um padrão. E o futuro, que um dia fora imaginado como um desafoga-e-respira, se torna indubitavelmente, a repetição eterna do dia de hoje.
Seria aí que um coração acaba por tornar-se, por fim, calejado? Quando cessam todas as esperanças de uma mudança do cenário emocional, seria aí que as pessoas entregam o jogo, jogam a toalha, desistem da luta, e se rendem à depressão, à ansiedade, ao medo, ao desconforto emocional? Ou seria justamente neste ponto que os que são virtuosos de espírito encontram a energia necessária para dar partida, mais ou vez, no motor de arranque? Por fim, quais seriam os fatores de que depende uma pessoa entregar-se ou causar uma reviravolta em sua vida?
Crer na possibilidade de experienciar bons momentos novamente parece ser o fator fundamental para dar a volta por cima, e reconhecer que cada momento da vida é conseqüência de escolhas pessoais é imprescindível. Assumir a responsabilidade pelo caminho trilhado é o ingrediente mais importante dessa mistura: sem isso, a vitimização se torna inevitável, jogando qualquer um para o fundo do poço.
Levantar a cabeça e assumir tanto o mérito pelas conquistas, quanto a responsabilidade pelas derrotas – eis o que diferencia aquele que toma as rédeas de sua felicidade nas mãos do resto das pessoas. Sair da condição de vítima das circunstâncias e parar de justificar no medo a falta de evolução pessoal é o que pode melhor definir o caráter daquele que verdadeiramente quer ser feliz, e é algo que só se aprende sofrendo.
O estado de felicidade não depende verdadeiramente da realidade ao redor de nós – esta pode ser, por vezes, cruel e difícil. A verdade é que o olhar e a esperança de cada um de nós é que irá definir se o copo está meio cheio, meio vazio, ou se é apenas e tão somente duas vezes maior do que deveria ser.
Mas o que dizer quando a dor provém justamente do amor? Existe garantia de crescimento? Ou pode o sofrimento se tornar obsoleto? A bem da verdade, todo sofrimento traz aprendizado dentro de si?
A maioria das dores da vida é marcada pelas perdas. Elas fazem constantemente parte de nós: mortes, separações, viagens, mudanças. Perdemos, a todo momento, alguma coisa que mantinha a estabilidade e que perpetuava o status quo. Perdemos pessoas, empregos, dinheiro, aviões, lugares. Por vezes, perdemos a nós mesmos.
Dentre todas as coisas, papéis e pessoas que perdemos, não há perda mais sofrida do que nossas esperanças. Perder a esperança é perder a fé no futuro, é abrir mão da crença na efemeridade das coisas: é perpetuar um sentimento ou situação até o limite do suportável.
O sofrimento só é tolerável quando acreditamos que aquilo tem prazo de validade – o famoso “vai passar” é a bóia jogada ao afogado, que projeta no futuro a ausência da dor que experimenta. E é por isso que perder a esperança é perder tudo, é acreditar que a situação de sofrimento, outrora exceção, virou uma constante, se consolidou como um padrão. E o futuro, que um dia fora imaginado como um desafoga-e-respira, se torna indubitavelmente, a repetição eterna do dia de hoje.
Seria aí que um coração acaba por tornar-se, por fim, calejado? Quando cessam todas as esperanças de uma mudança do cenário emocional, seria aí que as pessoas entregam o jogo, jogam a toalha, desistem da luta, e se rendem à depressão, à ansiedade, ao medo, ao desconforto emocional? Ou seria justamente neste ponto que os que são virtuosos de espírito encontram a energia necessária para dar partida, mais ou vez, no motor de arranque? Por fim, quais seriam os fatores de que depende uma pessoa entregar-se ou causar uma reviravolta em sua vida?
Crer na possibilidade de experienciar bons momentos novamente parece ser o fator fundamental para dar a volta por cima, e reconhecer que cada momento da vida é conseqüência de escolhas pessoais é imprescindível. Assumir a responsabilidade pelo caminho trilhado é o ingrediente mais importante dessa mistura: sem isso, a vitimização se torna inevitável, jogando qualquer um para o fundo do poço.
Levantar a cabeça e assumir tanto o mérito pelas conquistas, quanto a responsabilidade pelas derrotas – eis o que diferencia aquele que toma as rédeas de sua felicidade nas mãos do resto das pessoas. Sair da condição de vítima das circunstâncias e parar de justificar no medo a falta de evolução pessoal é o que pode melhor definir o caráter daquele que verdadeiramente quer ser feliz, e é algo que só se aprende sofrendo.
O estado de felicidade não depende verdadeiramente da realidade ao redor de nós – esta pode ser, por vezes, cruel e difícil. A verdade é que o olhar e a esperança de cada um de nós é que irá definir se o copo está meio cheio, meio vazio, ou se é apenas e tão somente duas vezes maior do que deveria ser.
Um comentário:
Uau.... acho que estava precisando "ouvir" isso!!!!
Espero não perder as esperanças, mas confesso que é meio difícil em tempos como este que estamos vivendo... as experiências já não são as mesmas e a frustração é sempre inevitável!
Mas, vou continuar (tentando) caminhar com fé...
Saudade!
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